Tsunami? Imagens do mar invadindo ruas no Rio de Janeiro deixa todos assustados… Ver mais

Mar avança com força e assusta moradores no Leblon
Uma forte ressaca atingiu o bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (30), deixando cenas impressionantes de destruição. O mar ultrapassou a faixa de areia, invadiu o calçadão e chegou até a pista da Avenida Delfim Moreira, empurrando areia, pedras e detritos para a via. O fenômeno, embora previsto por autoridades marítimas, surpreendeu moradores e viralizou nas redes sociais com imagens que lembram cenas de um mini-tsunami.
Interdição de vias e operação de emergência
Com o avanço da água e os prejuízos causados à infraestrutura, a CET-Rio interditou parcialmente a via, enquanto a Comlurb foi acionada para conter os danos e limpar a pista. Carros foram arrastados, estruturas públicas destruídas e até portões de edifícios cederam à força das ondas. Desvios foram organizados para as avenidas Bartolomeu Mitre e Ataulfo de Paiva, e a faixa reversível da Niemeyer foi mantida ativa para aliviar o trânsito.
Cenas impressionantes viralizam nas redes
Vídeos gravados por moradores mostram carros sendo cobertos por ondas e o mar tomando o asfalto com velocidade. Equipamentos de ginástica foram arrancados do chão, e ciclovias ficaram intransitáveis. O alerta da Marinha, que previa ondas de até 3,5 metros, segue válido até quinta-feira (31), mantendo as equipes da Defesa Civil em prontidão diante do risco de novas ocorrências.
Especialistas alertam para sinais das mudanças climáticas
De acordo com o oceanógrafo Paulo Mendes, da UFRJ, o episódio é um alerta claro dos efeitos da crise climática nas cidades litorâneas. “Não se trata de um evento isolado, mas do resultado direto do aquecimento global, da elevação do nível do mar e da urbanização desordenada das orlas”, afirmou. Ele defende a necessidade de repensar o planejamento urbano e investir em soluções que aumentem a resiliência das cidades diante de eventos extremos.
Risco real à segurança da população
A Defesa Civil pede que a população evite atividades na orla durante o período de ressaca. Banhos de mar, esportes náuticos, caminhadas em calçadões e mirantes devem ser suspensos até que a situação se normalize. “A maior arma contra tragédias é a prevenção”, disse o Centro de Operações do Rio em nota. A colaboração popular é vista como essencial para evitar acidentes e minimizar os impactos.
O futuro pede ação imediata
Com o avanço do mar tornando-se cada vez mais comum, especialistas reforçam que é hora de tratar a pauta climática com seriedade. A recuperação das ruas não pode ser a única resposta: é necessário preparar a cidade para eventos futuros. O fenômeno desta quarta-feira é mais um aviso da natureza — e o tempo para agir está se esgotando
Veja o vídeo abaixo: