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Morre Maria Cecília, menina que caiu da janela do prédio onde morava em Cascavel

A menina Maria Cecília, de 1 ano, morreu na noite de segunda-feira (3) após complicações provocadas por uma queda do prédio onde morava com a família, no bairro Cascavel Velho, no dia 20 de fevereiro. A criança foi socorrida em estado gravíssimo e levada ao Hospital Universitário de Cascavel, onde passou por atendimento de emergência.

AGRAVAMENTO DO QUADRO CLÍNICO

Logo após a queda, estimada em cerca de nove metros, a menina apresentou lesões severas na cabeça e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias, revertidas pela equipe médica. Apesar dos esforços, exames realizados no fim de semana apontaram morte encefálica, que foi confirmada oficialmente às 18h24 de segunda-feira.

DECISÃO DA FAMÍLIA

Em meio ao período de luto, os pais, Marcelo e Andressa, ainda não definiram data para velório e sepultamento. Eles decidiram autorizar a doação dos órgãos da filha, medida que poderá beneficiar outras crianças que aguardam transplante. A equipe hospitalar acompanhou o processo e ofereceu suporte emocional à família.

DOAÇÃO PODE SALVAR VIDAS

Segundo a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, a morte encefálica permitiu que múltiplos órgãos fossem avaliados para captação. A estimativa é de que até cinco crianças possam ser beneficiadas. Em casos de morte encefálica, aparelhos mantém temporariamente o funcionamento dos órgãos, possibilitando que o procedimento seja realizado.

COMO O PROCESSO FUNCIONA

Após a autorização dos familiares, os exames da menina foram inseridos no Sistema Nacional de Transplantes, que identifica receptores compatíveis com base em critérios como urgência, tipo sanguíneo e características imunológicas. Os órgãos são retirados rapidamente para manter a viabilidade e encaminhados aos hospitais onde estão os pacientes que aguardam transplante.

COMOÇÃO NA CIDADE

A morte da criança causou grande impacto em Cascavel, onde o acidente e a luta pela vida mobilizaram moradores e familiares. A decisão da família em autorizar a doação de órgãos tem sido tratada como um gesto de solidariedade e esperança, capaz de transformar uma tragédia em oportunidade de vida para outras crianças.