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Laudo pericial da tornozeleira de Bolsonaro confirma tentativa de violação do equipamento

RESULTADO DA PERÍCIA

O laudo pericial finalizado pela Polícia Federal (PF) aponta que a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta “danos significativos”, com evidências de tentativa de violação. Técnicos identificaram presença de ferro na área queimada do aparelho — feito originalmente de plástico — e concluíram que o equipamento sofreu ação de uma “fonte de calor”, compatível com solda.

MODO DE AÇÃO DA VIOLAÇÃO

Segundo o relatório, a perícia detectou indícios de que foi utilizada uma ferramenta pontiaguda metálica com calor contínuo para abrir o case da tornozeleira, o que danificou a estrutura física do equipamento. A análise incluiu métodos como microfluorescência por raios-X, exame microscópico e comparação com um exemplar íntegro.

PROCESSO JUDICIAL E A FASTA REAÇÃO

A conclusão da perícia reforça o argumento usado pela Justiça para decretar a prisão preventiva de Bolsonaro no último fim de semana — a violação da tornozeleira era considerada uma quebra grave das medidas cautelares estabelecidas para sua liberdade condicional. A constatação técnica, portanto, tem peso significativo no processo.

PRÓXIMA ETAPA PERICIAL

Um segundo exame já está sendo preparado pela PF, dessa vez para analisar o circuito eletrônico da tornozeleira. O objetivo é verificar se houve interferência no sistema de monitoramento, como desativação de sensores ou bloqueio de sinal, o que pode acrescentar novas evidências ao inquérito.

REPERCUSSÃO E QUESTÕES DE JUSTIÇA

O resultado da perícia agrava a situação do ex-presidente e coloca em evidência debates sobre cumprimento de restrições, controle judicial e consequências em casos de descumprimento. A descoberta técnica repercute tanto no âmbito jurídico quanto no interesse público e político, dada a exposição do ex-mandatário.

O QUE MUDAM OS FATOS

Com os laudos concluídos, a avaliação da Justiça ganha base robusta para manter a prisão preventiva. A perícia não apenas confirma a violação da tornozeleira, mas também mostra o método utilizado — o que complica eventuais defesas. A próxima fase do processo deve considerar os novos dados em decisões sobre regime, garantias e medidas cautelares.