Cena brutal em Bananal choca o país
O caso de maus-tratos a um cavalo em Bananal, no interior de São Paulo, continua ganhando novos desdobramentos. O crime, que gerou revolta nacional, agora conta com o depoimento de Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, amigo do acusado. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele contou como presenciou o momento em que o animal foi mutilado e revelou ter ficado completamente paralisado diante da cena.
“Fiquei sem reação na hora”
Dalton afirmou que acompanhava Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, no momento em que ele usou um facão para cortar as patas do cavalo. “Eu fiquei sem reação na hora, não soube o que fazer”, declarou, ainda abalado. Segundo ele, a intenção inicial era apenas filmar o animal deitado após a cavalgada, mas foi surpreendido pelo ato cruel do amigo.
Contradições e versão dos envolvidos
De acordo com o boletim de ocorrência, o cavalo teria se exaurido após percorrer cerca de 14 km, deitando no chão e parando de respirar. Dalton relatou que começou a gravar para registrar a condição do animal, mas Andrey aproveitou o momento para realizar a mutilação. O acusado insiste que o cavalo já estava morto, versão que ainda será confrontada pela perícia.
Polícia investiga e espera laudos periciais
A Polícia Civil trata o caso como maus-tratos com agravante, já que o animal morreu. A dúvida central é se a mutilação ocorreu quando o cavalo ainda estava vivo, o que pode alterar a tipificação do crime e tornar a punição mais severa. Até o momento, ninguém foi preso, e a investigação aguarda o resultado da necropsia.
Pressão social e pedidos de justiça
O crime ganhou repercussão nacional, com artistas e ativistas da causa animal exigindo punição exemplar. Dalton, em sua defesa, disse que apenas acompanhava o amigo e não participou do ato. “Infelizmente, eu estava junto. Gravei para mostrar que o cavalo estava caído, mas nunca imaginei que ele faria isso”, explicou.
Caso levanta reflexão urgente
O episódio reacende o debate sobre a crueldade contra animais no Brasil e a fragilidade das leis de proteção. Enquanto a população cobra justiça, especialistas lembram que a impunidade em crimes desse tipo ainda é frequente. O país acompanha com indignação os desdobramentos, em busca de respostas e de uma mudança efetiva na forma como tratamos os animais.
