As últimas palavras do Gari m0rto pelo empresário são de cortar o coração; “Pelo amor de… Ver mais

“Acertou em mim…” — As últimas palavras que chocaram Belo Horizonte
Na manhã de 11 de agosto, o bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, foi cenário de um crime que paralisou a cidade. Laudemir de Souza Fernandes, gari de 44 anos, foi morto a tiros enquanto trabalhava na coleta de lixo.
O que mais comoveu quem acompanhou o caso foi a frase dita por ele antes de morrer — um registro doloroso que ecoa até agora:
“Acertou em mim.”
De uma discussão no trânsito à tragédia em segundos
Segundo testemunhas, tudo começou quando um carro BYD cinza, dirigido pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, se aproximou do caminhão de coleta e o condutor demonstrou irritação com a parada para o serviço.
A discussão escalou rapidamente. O empresário teria ameaçado a motorista do caminhão dizendo que “iria atirar na cara” dela. Mesmo após pedidos para que ele seguisse seu caminho, desceu do veículo armado e disparou contra Laudemir, que caiu ferido no chão.
Um trabalhador querido, pai dedicado e exemplo para colegas
Funcionário da Localix Serviços Ambientais há nove anos, Laudemir era conhecido pela dedicação e simpatia. Apesar de estar prestes a ser promovido para atuar na portaria da empresa, preferia continuar nas ruas, onde se sentia realizado.
Ele era pai de uma adolescente de 15 anos, vivia com a companheira Liliane França e a enteada Jéssica. Para todos, era um homem protetor e apaixonado pelo trabalho.
Revolta nas ruas e nas redes: “Não é porque tem dinheiro que pode tudo”
A morte de Laudemir gerou forte reação popular. Colegas, familiares e moradores cobraram justiça imediata, lembrando que a condição social do acusado não pode garantir impunidade.
O caso rapidamente ganhou repercussão nacional, com protestos silenciosos, vigílias e a hashtag #JustiçaPorLaudemir dominando as redes sociais.
Um grito contra a violência urbana que não pode ser ignorado
A frase “Acertou em mim” tornou-se símbolo da banalização da violência e da falta de segurança para quem trabalha nas ruas.
Para especialistas, a morte de Laudemir expõe a crescente intolerância no trânsito e a vulnerabilidade dos profissionais de serviços essenciais.
Enquanto o processo segue, familiares e colegas pedem que a memória do gari seja preservada como exemplo de dignidade e luta.