O jovem Gerson de Melo Machado, de 19 anos, morreu após invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa. Imagens mostram que ele ultrapassou barreiras de proteção e acessou a área onde estava o animal, sendo atacado.
DECISÃO JUDICIAL ANTERIOR
Cerca de um mês antes da tragédia, o Rodrigo Marques Silva Lima, juiz da 6ª Vara Criminal da Paraíba, determinou a internação de Gerson em um hospital psiquiátrico, como medida de segurança. A decisão foi tomada após o jovem quebrar o portão de um centro de adolescentes, quando apresentava comportamento alterado, possivelmente por uso de drogas.
ORDEM NÃO CUMPRIDA
Apesar da determinação judicial, a internação nunca chegou a ser cumprida — segundo relatos, o hospital indicado não recebia custodiados desde 2024, em cumprimento à política antimanicomial. Na sequência, Gerson foi preso novamente, mas liberado em audiência de custódia, com a juíza optando por tratamento ambulatorial.
RELATO DA JUÍZA SOBRE FALHAS NO ACOLHIMENTO
A Conceição Marsicano, juíza da 2ª Vara de Garantias, apontou que o acolhimento psiquiátrico determinado não foi efetivado. Segundo ela, Gerson precisava de cuidados especializados, mas o sistema público falhou em oferecer suporte adequado — mesmo após comunicação às secretarias de saúde estadual e municipal.
CONSEQUÊNCIAS E CONTEXTO DA TRAGÉDIA
Gerson acumulava passagens pela polícia e tinha histórico de transtornos mentais. A falta de tratamento intensivo e supervisão especializada está sendo apontada como fator que contribuiu para o desfecho fatal. O caso reacende críticas às falhas no atendimento a pessoas com saúde mental e à efetividade das medidas de segurança determinadas pela Justiça.
PRÓXIMOS PASSOS
Com a repercussão do episódio, autoridades e órgãos de saúde devem revisar protocolos de acolhimento e internação psiquiátrica. O caso pode servir de base para exigências mais rígidas de cumprimento de ordens judiciais relacionadas à saúde mental, com foco em prevenir situações semelhantes.
