Oksana Aplekaeva: O crime brutal que ainda choca o mundo

Quase duas décadas após sua morte, o caso de Oksana Aplekaeva — ex-participante do reality show russo “Dom-2” — continua gerando comoção internacional. Assassinada em 2008, Oksana foi vítima não apenas de um crime bárbaro, mas também de graves falhas investigativas e de um episódio ainda mais chocante: a violação de seu corpo após a morte.

Uma jovem promissora silenciada de forma brutal

Oksana Aplekaeva era carismática e começava a ganhar fama na televisão russa. Aos 31 anos, teve sua vida interrompida de forma trágica. Seu corpo foi encontrado às margens de uma estrada próxima a Moscou, com sinais evidentes de estrangulamento. Apesar da repercussão e dos esforços iniciais da polícia, o caso esfriou rapidamente e entrou para a longa lista de crimes não solucionados na Rússia.

A descoberta que abalou o país

Em 2018, uma década após o assassinato, o corpo de Oksana foi exumado durante uma nova fase das investigações. O objetivo era encontrar pistas genéticas do possível assassino. No entanto, o que os peritos encontraram causou indignação mundial: exames de DNA comprovaram que o corpo havia sido violentado sexualmente depois da morte.

A perícia identificou o agressor como Alexander, funcionário do Instituto Médico Legal que tinha acesso ao corpo. Confrontado com as provas científicas, ele confessou o crime, dizendo: “Não posso argumentar contra a ciência.”

Lacuna legal e impunidade

Apesar da gravidade do ato, o código penal russo não prevê punições específicas para crimes de necrofilia. A brecha legal gerou uma onda de protestos e indignação, tanto da sociedade civil quanto de organizações internacionais de direitos humanos. Alexander foi preso, mas sua condenação ocorreu apenas por violação de cadáver, não pelo assassinato — do qual permanece oficialmente desvinculado por falta de provas.

Justiça inacabada e memória viva

O assassinato de Oksana continua sem solução. Para sua família e admiradores, isso representa não apenas uma falha da Justiça, mas também um desrespeito à dignidade de uma mulher que teve sua vida e seu corpo brutalmente violados. A indignação persiste nas redes sociais, onde campanhas exigem não apenas a resolução do homicídio, mas também mudanças profundas na legislação penal russa.

O caso de Oksana Aplekaeva tornou-se um símbolo da luta contra a impunidade e da urgência de se preservar a dignidade das vítimas em todas as etapas do processo criminal.