Francisco Gil chega ao Theatro Municipal acompanhado de Alane Dias
No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, palco da despedida pública de Preta Gil, o filho da cantora, Francisco Gil, emocionou o público com sua presença silenciosa e respeitosa. Ao lado da namorada, a ex-BBB Alane Dias, o músico chegou cercado de amigos íntimos, evidenciando o luto coletivo e a força de uma rede de apoio.
Roupa branca como símbolo espiritual e de ancestralidade
Francisco e Alane vestiam branco — uma escolha carregada de simbolismo. Em religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, o branco representa pureza, paz e conexão com orixás como Oxalá e Iemanjá. Mais do que estética, foi um ato de reverência à fé e às raízes que sempre fizeram parte da identidade da família Gil.
Emoção e silêncio: o filho relembra os últimos momentos com a mãe
Durante a cerimônia, Francisco não falou com a imprensa, mas, entre lágrimas, conversou discretamente com amigos e familiares. Segundo fontes próximas, ele disse que Preta partiu em paz, cercada de amor, e que “a presença dela vai seguir viva em cada acorde, em cada lembrança”. O clima era de dor profunda, mas também de gratidão pela trajetória da artista.
Velório reúne música, fé e solidariedade de artistas e fãs
O velório foi marcado por homenagens de grandes nomes da cultura brasileira. Coroas de flores enviadas por artistas como Caetano Veloso, Ivete Sangalo e Ludmilla cercavam o caixão. Telões exibiam momentos marcantes da carreira de Preta, enquanto canções como “Sinais de Fogo” ecoavam no ambiente, transformando o luto em celebração da arte.
O legado de Preta Gil: resistência, amor e representatividade
Preta Gil morreu aos 50 anos, vítima de câncer no intestino. Mais do que cantora, ela foi símbolo de representatividade para mulheres, pessoas pretas e corpos fora do padrão. Sua luta por igualdade e liberdade segue viva em seu filho e nas gerações que ela inspirou. O velório reforçou o impacto cultural que ela deixa para o Brasil.
Tradição, cultura e memória: o último adeus
A despedida de Preta Gil foi um encontro entre dor e ancestralidade. A presença de Francisco, vestido de branco, foi mais do que um gesto de luto — foi um ato de resistência cultural. Em tempos de perdas, reafirmar nossas raízes é também uma forma de manter viva a memória de quem amamos.
