Moradores carregam dezenas de corpos para praça após megaoperação no Complexo da Penha

Ação resultou em dezenas de mortes
Uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, terminou com dezenas de mortos após intensos confrontos. Moradores relataram que ao menos 40 corpos foram levados para a Praça São Lucas, em um dos episódios mais violentos do ano na região.
População removeu os corpos do local
Sem a chegada imediata das equipes oficiais, moradores se mobilizaram para retirar os corpos de áreas de mata e vias estreitas. Muitos foram colocados em caminhões e levados até a praça, onde foram cobertos com lençóis. O ato expôs a gravidade da operação e a ausência de respostas rápidas das autoridades.
Divergência nos números oficiais
Enquanto o governo do estado informou que a ação deixou 64 mortos, incluindo quatro policiais, moradores e grupos locais afirmam que o total pode ser ainda maior. Parte dos corpos removidos por civis pode não ter sido contabilizada nas estatísticas oficiais.
Clima de medo e ruas bloqueadas
Durante a operação, diversas vias da região foram bloqueadas por barricadas e houve intensa troca de tiros. Escolas e comércios fecharam as portas, e moradores relataram pânico e dificuldade de acesso a serviços básicos.
Questionamentos sobre a condução da operação
Entidades de direitos humanos e parlamentares cobraram transparência na apuração das mortes e criticaram o possível excesso de força policial. Especialistas destacam a necessidade de investigações independentes e de protocolos que evitem ações de alto risco em áreas densamente povoadas.
Investigação deve apurar número real de vítimas
A Polícia Civil informou que continua fazendo levantamentos para confirmar o número exato de mortos e identificar as vítimas. O Ministério Público acompanha o caso, que reacende o debate sobre letalidade policial e a segurança pública nas favelas do Rio.







