Mulher é condenada a 14 anos de prisão por matar filha de 1 ano afogada em tanque de lavar roupas

Tragédia em Feira de Santana choca o país
Um caso de extrema crueldade abalou a cidade de Feira de Santana (BA) e gerou comoção em todo o país. A mãe Sthefane Conceição Teixeira foi condenada a 14 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver após tirar a vida da própria filha, Raquel Teixeira, de apenas 1 ano de idade. O julgamento aconteceu na terça-feira, 10, e o veredito foi divulgado dois dias depois, trazendo à tona uma história marcada por dor, abandono e desespero.
O reencontro que virou tragédia
De acordo com o Ministério Público, Sthefane foi até a casa da avó paterna da criança para buscar Raquel, prometendo passar alguns dias com a filha. O que parecia ser um gesto de carinho acabou se transformando em tragédia. Na manhã seguinte, a mulher alegou que a menina havia desaparecido, despertando a preocupação da família. Porém, durante as buscas, as contradições nos depoimentos levantaram suspeitas e revelaram uma realidade terrível.
A descoberta do crime
Ao chegar à casa da acusada, a Polícia Militar encontrou um cenário perturbador. Sthefane inicialmente disse que a filha estava debaixo de um colchão, mas, ao ser pressionada, acabou confessando o crime. Ela admitiu ter afogado a criança em um tanque de lavar roupas e, logo depois, tentado ocultar o corpo sob escombros e telhas quebradas, encobrindo tudo com um colchão velho. A brutalidade do ato deixou até mesmo os investigadores abalados.
O passado da acusada e o drama familiar
Testemunhas relataram que Sthefane enfrentava problemas com drogas e vivia em situação de vulnerabilidade social. A pequena Raquel morava com a avó em Salvador e estava em Feira de Santana apenas para uma breve visita. A ausência de apoio e o contexto de desestrutura familiar podem ter contribuído para o desfecho trágico. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a criança já estava sem vida quando os socorristas chegaram.
Reflexões sobre negligência e proteção infantil
Casos como o de Raquel evidenciam a importância de políticas públicas voltadas à saúde mental, combate às drogas e proteção à infância. Muitas tragédias poderiam ser evitadas se houvesse acompanhamento psicológico e social eficaz para mães em situação de vulnerabilidade. O caso também levanta questionamentos sobre o papel do Estado e da comunidade na identificação de sinais de risco dentro das famílias.
Justiça e memória
Sthefane Conceição Teixeira cumprirá sua pena no Conjunto Penal de Feira de Santana, em regime fechado. Sua condenação é vista como um passo em direção à justiça, mas não apaga a dor causada por uma perda tão cruel. A morte de Raquel deixa uma ferida aberta e um alerta urgente: crianças em situação de risco precisam de proteção antes que seja tarde demais. Que a lembrança dessa menina sirva como um chamado à empatia, à prevenção e à responsabilidade coletiva de cuidar dos mais vulneráveis.