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Mulher que tomou 60 s0c0s no elevador, revela o verdadeiro motivo d… Ver mais

“Estou viva”: Juliana rompe o silêncio após agressão brutal no elevador

Juliana Garcia, de 23 anos, usou as redes sociais nesta terça-feira (29) para falar pela primeira vez após ter sido agredida com 61 socos por seu ex-namorado em um elevador, em Natal (RN). O vídeo do ataque, registrado por câmeras de segurança, comoveu o país e reacendeu o debate sobre a violência de gênero. “Ainda estou tentando entender como cheguei até aqui”, escreveu ela, visivelmente abalada, mas com coragem para compartilhar sua dor.

Agressor alega surto, mas polícia vê tentativa de feminicídio

O agressor, Igor Cabral, de 26 anos, foi preso em flagrante logo após o crime. À polícia, alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” — justificativa que revoltou especialistas e a opinião pública. A delegada responsável pelo caso, Ana Carolina Mota, afirmou que o ataque será investigado como tentativa de feminicídio. “Não há dúvidas de que ele queria matar”, declarou.

Campanha de solidariedade vira símbolo de resistência

Amigas de Juliana criaram uma vaquinha virtual para ajudar nos custos com psicólogos, fisioterapia e medicamentos. Em poucas horas, a campanha mobilizou milhares de pessoas e virou um símbolo nacional de empatia e apoio. “Essa rede de afeto me dá força para continuar”, escreveu Juliana, emocionando seguidores e incentivando outras mulheres a não se calarem.

O Brasil sangra: uma mulher é vítima de feminicídio a cada 6 horas

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram uma realidade alarmante: o Brasil registra, em média, um feminicídio a cada seis horas. A maioria dos casos envolve parceiros ou ex-parceiros — como no caso de Juliana. Especialistas apontam que a impunidade, o machismo estrutural e a fragilidade das medidas protetivas ainda expõem milhares de brasileiras diariamente.

“Eu quero viver, mas também quero justiça”

Mesmo abalada, Juliana deixa claro que não pretende se esconder. Ela enfrenta sessões de terapia, dores físicas e emocionais, mas segue determinada a reconstruir sua vida — e a lutar por justiça. “Não vou me calar”, escreveu. A frase, simples e potente, ecoa como um grito de resistência em um país onde muitas mulheres ainda têm medo de denunciar.

Uma nação em alerta: até quando?

O caso de Juliana não é isolado, mas tornou-se um marco na luta contra a violência de gênero. Celebridades, influenciadores e milhares de anônimos abraçaram sua causa, exigindo penas mais duras e políticas públicas mais eficazes. Sua dor virou bandeira, e seu nome agora representa uma batalha coletiva. Que sua voz não seja silenciada — e que sua coragem inspire mudanças reais.