O racha que ninguém esperava
Áudios revelados pela Polícia Federal escancararam um racha dentro da base bolsonarista. O pastor Silas Malafaia e o deputado federal Eduardo Bolsonaro trocaram ofensas e ameaças, expondo um conflito que até então era tratado apenas como rumor. O episódio lança luz sobre a fragilidade de um grupo que sempre se apresentou como unido contra o STF.
Eduardo Bolsonaro reage em vídeo
Diante da repercussão, Eduardo correu para as redes sociais tentando apagar o incêndio. Em vídeo, adotou um tom mais brando em relação a Malafaia, mas aproveitou para redirecionar os ataques ao Supremo. O deputado acusou o Judiciário de “pescar” trechos convenientes das investigações e voltou a citar a polêmica Lei Magnitsky.
Malafaia dispara e expõe fissuras internas
Os áudios trazem falas explosivas do pastor, que chama Eduardo de “babaca” e ameaça expô-lo publicamente. Malafaia ainda contrasta a postura do deputado com a de Flávio Bolsonaro, considerado por ele mais “habilidoso” politicamente. O detalhe expõe que nem mesmo dentro da família Bolsonaro existe completa sintonia.
Justiça intensifica pressão no bolsonarismo
Enquanto os áudios viralizam, a Justiça segue apertando o cerco. Malafaia foi alvo de busca e apreensão no Aeroporto do Galeão, em decisão assinada por Moraes. Já Bolsonaro e Eduardo foram indiciados por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O ex-presidente, inclusive, cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Base dividida e imagem em desgaste
O que antes era apenas especulação agora se materializa em rachas públicos. As brigas internas, somadas à pressão judicial, enfraquecem a narrativa de força e disciplina que o bolsonarismo cultivava. A divisão é vista por analistas como um dos maiores desgastes políticos da direita nos últimos anos.
O dilema do bolsonarismo
Entre a necessidade de se reorganizar e o risco de colapso, o movimento encara seu maior teste desde 2018. Eduardo busca apoio internacional, Malafaia tenta manter influência e Bolsonaro enfrenta os tribunais. A união que antes era marca registrada do grupo agora dá lugar à desconfiança e às disputas de protagonismo.
