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Com soluços e agravamento em seu quadro clínico, Bolsonaro faz novo pedido a Alexandre de Moraes

Cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma nova preocupação médica: uma crise contínua de soluços acompanhada de outros sintomas que levaram seus médicos a solicitarem exames urgentes.

Segundo a defesa, o desconforto começou poucos dias após a detenção e não cedeu com o tratamento inicial, levantando a necessidade de uma investigação mais profunda.

Os exames solicitados

O pedido aprovado por Moraes inclui uma lista extensa de procedimentos:

  • Exames de sangue e urina para avaliação bioquímica geral

  • Endoscopia digestiva alta (CID K20 – esofagite)

  • Tomografias computadorizadas de tórax (CID J15 – pneumonia bacteriana), abdome (CID K46.9 – hérnia abdominal não especificada) e pelve (CID K56 – obstrução intestinal)

  • Ecocardiograma transtorácico para avaliação cardíaca (CID I10 – hipertensão)

  • Ultrassonografias doppler das carótidas (CID I65.2) e da próstata/vias urinárias (CID N40)

O laudo enviado ao STF explica que o objetivo é “reavaliar sintomas de refluxo e soluços refratários” e verificar a condição geral de saúde do ex-presidente.

Data e local

Os exames estão previstos para o sábado, 16 de agosto, no Hospital DF Star, em Brasília, com permanência estimada de seis a oito horas. Caso surjam indícios de complicações, exames adicionais poderão ser realizados no mesmo dia.

Visitas e movimentação política

Paralelamente, Bolsonaro também pediu autorização para receber quatro aliados:

  • Senador Rogério Marinho

  • Deputado federal Altineu Côrtes

  • Vice-prefeito de São Paulo Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araujo

  • Deputado estadual Tomé Abduch

Desde o início da prisão domiciliar, já foram feitos 33 pedidos de visita ao ministro Moraes, dos quais 10 foram autorizados. Entre os solicitantes, parlamentares, líderes do PL e aliados históricos do ex-presidente.

Repercussão

O caso repercutiu nas redes sociais: apoiadores apontam perseguição política, enquanto críticos argumentam que Bolsonaro recebe um tratamento mais brando que outros investigados. A condição de saúde do ex-presidente, marcada por internações desde a facada em 2018, adiciona tensão ao cenário político.

O próximo sábado promete ser um dia decisivo — não apenas para o diagnóstico médico, mas também para a narrativa política que envolve um dos personagens mais polarizadores do Brasil.