Lula quebra protocolo e se manifesta sobre prisão de Bolsonaro: “Melhor”

A fala inesperada durante evento oficial
Durante a abertura da 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao tocar, ainda que brevemente, no tema mais comentado da política: a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Lula evita polêmica, mas manda recado
Visivelmente incomodado, Lula disse: “Melhor ficar calado, não quero falar do que aconteceu hoje com o outro cidadão brasileiro que tentou dar o golpe. Eu quero falar do nosso país, dar uma chance de falar do Brasil.” O tom demonstrou a estratégia do petista de não alimentar disputas diretas com seu maior rival.
O motivo da prisão domiciliar de Bolsonaro
A decisão contra o ex-presidente foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O estopim foi a participação remota de Bolsonaro em um ato político no Rio de Janeiro, no último domingo (3), mesmo estando proibido pela Justiça de se manifestar publicamente. O vídeo viralizou após ser compartilhado por seus filhos, Carlos e Flávio Bolsonaro.
Moraes endurece contra descumprimento
Na decisão, Moraes foi categórico: “A Justiça não permitirá que um réu faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos.” O ministro destacou que Bolsonaro reincidiu ao descumprir medidas cautelares, o que levou à decretação da prisão domiciliar.
Clima tenso em Brasília após decisão
A medida agitou os bastidores da política. Enquanto aliados de Bolsonaro falam em perseguição, o Planalto tenta evitar que a prisão se torne o centro da agenda. Lula, ao preferir silêncio, busca passar a imagem de estadista, deixando que a Justiça e a oposição se enfrentem.
Disputa que continua além das grades
Mesmo em prisão domiciliar, Bolsonaro mantém forte influência entre seus apoiadores, que seguem mobilizados nas redes e nas ruas. Já Lula tenta consolidar sua agenda econômica e social, mostrando que não permitirá que o governo seja pautado pelo antecessor.