Após megaoperação no RJ, surgimento de dezenas de corpos eleva temor e pode não constar em contagem oficial

Mais de 50 corpos aparecem após ação policial
Durante uma operação de grande porte deflagrada no início da manhã nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mais de 55 corpos foram encontrados em região de mata próxima às comunidades. Muitos foram removidos por moradores antes mesmo da chegada das equipes de perícia, o que pode comprometer sua inclusão na contagem oficial de vítimas.
Ações contra facções marcam o contexto
A ação foi realizada com objetivo de atingir membros da facção considerada dominante na região. Varias vias foram bloqueadas por barricadas e houve confronto intenso entre policiais e traficantes. A operação provocou caos no trânsito e mobilização expressiva das forças de segurança.
Preocupação sobre sub-registro de vítimas
Fontes ouvidas no local indicam que parte dos corpos encontrados pode não ser oficialmente contabilizada pelas autoridades. A possibilidade de remoção por moradores, somada à dificuldade de acesso ao local, gera incertezas no número real de mortos. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro já cobra explicações detalhadas.
Resistência à entrada e ambiente de guerra urbana
Relatos apontam que moradores precisaram remover cadáveres em meio à mata, sem equipamentos de proteção ou identificação formal. Ações paralelas de barricadas e ataques à polícia se multiplicaram, dificultando o trabalho dos agentes no terreno.
Impacto na comunidade e nos direitos humanos
O episódio reacende o debate sobre a letalidade de operações policiais em favelas e a transparência dos dados. Organizações de direitos humanos indicam que ações desse tipo podem configurar violações, especialmente quando corpos não são identificados ou contabilizados adequadamente.
Próximos passos e investigação exigida
A perícia ainda está em curso e as autoridades anunciam abertura de procedimento para apurar a real dimensão da operação, a remoção dos corpos e eventual manipulação de estatísticas. A comunidade, por sua vez, permanece em alerta e exigindo respostas sobre as vidas que podem ter sido invisibilizadas.







